Pesquisas indicam que os cães são conscientes e respondem aos sinais humanos, especialmente no centro de recompensa do cérebro.
O rosto expressivo do cão, incluindo aqueles olhinhos carentes de cachorro, leva os donos a se perguntar o que se passa na cabeça dos cachorros. Os cientistas decidiram descobrir, usando escaneamento cerebral para explorar as mentes de nossos amigos caninos.
Os pesquisadores, que detalharam suas descobertas no jornal de acesso livre PLoS ONE, se interessaram em entender o relacionamento cães-humanos de uma perspectiva de quatro patas.
“Quando vimos as primeiras imagens (do cérebro), foi diferente de tudo que já vimos,” disse o chefe de pesquisa Gregory em uma entrevista em vídeo postada online. “Ninguém, até onde eu sei, jamais capturou imagens do cérebro de um cachorro que não estivesse sedado. Essa foi feita com o cão totalmente acordado, aqui temos uma imagem pela primeira vez do cérebro,” disse Berns, diretor do Emory University Center for Neuropolicy.
O rosto expressivo do cão, incluindo aqueles olhinhos carentes de cachorro, leva os donos a se perguntar o que se passa na cabeça dos cachorros. Os cientistas decidiram descobrir, usando escaneamento cerebral para explorar as mentes de nossos amigos caninos.
Os pesquisadores, que detalharam suas descobertas no jornal de acesso livre PLoS ONE, se interessaram em entender o relacionamento cães-humanos de uma perspectiva de quatro patas.
“Quando vimos as primeiras imagens (do cérebro), foi diferente de tudo que já vimos,” disse o chefe de pesquisa Gregory em uma entrevista em vídeo postada online. “Ninguém, até onde eu sei, jamais capturou imagens do cérebro de um cachorro que não estivesse sedado. Essa foi feita com o cão totalmente acordado, aqui temos uma imagem pela primeira vez do cérebro,” disse Berns, diretor do Emory University Center for Neuropolicy.
Ele acrescentou, “Agora podemos realmente começar a entender o que os cães estão pensando. Esperamos que isso abra uma porta inteiramente nova em cognição canina e cognição social para outras espécies.”
Senta… fica… parado
Berns percebeu que os cães podiam ser treinados para ficar parados em um scanner após ouvir que um cão da marinha de guerra havia sido membro da equipe SEAL que matou Osama bin Laden. “Percebi que se os cães podem ser treinados para pular de helicópteros e aeronaves, poderíamos treiná-los para entrar em uma máquina para vermos o que estão pensando,” disse Berns.
Assim, ele e seus colegas treinaram dois cães para entrar e ficar imóveis dentro de um scanner de ressonância magnética funcional que se parece com um tubo: Callie, um feist de 2 anos de idade, ou cão caçador de esquilos do sul; e McKenzie, um collie de 3 anos de idade.
No experimento, os cães foram treinados para responder a sinais de mão, com a mão esquerda apontando para baixo indicando que o cão receberia uma guloseima, e o outro gesto (as duas mãos apontando uma para a outra horizontalmente) indicando “sem guloseimas.” Quando os cães viram o sinal de guloseimas, a região do núcleo caudado do cérebro mostrou atividade, uma região associada com recompensas em humanos. Essa mesma área não reagiu quando os cães não viram sinais de guloseimas. [vídeo do experimento]
“Esses resultados indicam que cães prestam muita atenção aos sinais humanos,” disse Berns. “E esses sinais podem ter uma ligação direta com o sistema de recompensa dos cães.”
Espelho na mente humana
Os pesquisadores acham que as descobertas abrem portas para estudos futuros da cognição canina que poderia responder questões sobre a profunda conexão entre humanos e cachorros, incluindo como os cães interpretam as expressões faciais humanas em sua mente e como processam a linguagem humana.
Com a história evolucionária entre o homem e seu melhor amigo, os estudos, dizem os pesquisadores, “podem fornecer um espelho único da mente humana”, escrevem eles.
“O cérebro do cachorro diz algo especial sobre como humanos e animais se uniram. É possível que os cães tenham até mesmo afetado a evolução humana,” diz Berns.
De fato, uma pesquisa publicada em agosto de 2010 na revista Antropologia Atual sugere que nosso amor por essas criaturas de quatro patas pode ter raízes profundas na evolução humana, até mesmo definindo como nossos ancestrais criaram a linguagem e outras ferramentas da civilização.
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